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sábado, 10 de janeiro de 2015
A influência de Madonna na cultura pop
Assim como outras artistas e modelos com mais de 50 anos, a diva da cultura pop Madonna, 56, chama atenção por sua aparência e influência em inúmeras áreas da cultura. Pensando nisso, a empresa Conversion preparou algumas curiosidades sobre a cantora. Confira!
A Rainha do Pop surpreendeu a todos com o lançamento antecipado de 6 novas faixas e a pré-venda de seu 13º álbum de inéditas após o vazamento de 13 demos supostamente do novo trabalho. No dia seguinte ao lançamento, Madonna já ocupava as primeiras posições nos charts de vendas digitais em mais de 40 países. A imagem escolhida como capa para o CD, vem sendo reproduzida e parodiada por fãs e não-fãs ao redor do globo.
A diva de 56 anos chegou aos holofotes em 1982 com a faixa "Everybody", que chamava despretensiosamente todos para dançar. Mais de 30 anos depois ela continua fazendo isso, porém de uma maneira muito mais elaborada. Seus passos e decisões trouxeram tanto sucesso para sua carreira que foram e continuam sendo imitados por outros artistas e pessoas anônimas ao redor do mundo. Hoje não existe forma de expressão artística com a qual Madonna já não tenha dialogado e até influenciado de certa maneira.
Moda
Se algo chamou a atenção em Madonna logo quando ela mostrou sua imagem, foi seu estilo. Misturando vários elementos, desde correntes e crucifixos no pescoço, até os tradicionais óculos escuros Ray Ban Wayfarer, isso foi o suficiente para que milhões de adolescentes ao redor do mundo se identificassem com o visual e passassem a adotá-lo para o seu cotidiano. Até mesmo grupos até então "excluídos" passaram a se identificar com a ousadia da garota que começou a dominar as paradas de sucesso nas rádios.
Algum tempo depois, no final da década de 80, ela ainda chocou o mundo usando o sutiã cônico desenhado por Jean Paul Gaultier exclusivamente para ela. Essa virou sua marca registrada até hoje, e não há pessoa - anônima ou famosa - que use o acessório sem fazer uma referência direta a Madonna. Até mesmo o microfone de lapela tornou-se uma marca registrada da cantora e dançarina.
Porém, o tempo não foi o suficiente para fazer com que sua influência diminuísse ao longo dos anos. Em 2006 a cantora reassumiu os collants e os paetês, trazendo sua influência ainda para os tempos modernos. Em parceria com grandes marcas e estilistas, em 2008 ela não apenas popularizou, como tornou mais "chique" o uso de peças esportivas no dia a dia. Já em sua última turnê em 2012, o cabelo com topete de leoa e a lingerie com estampas chamativas à mostra quebraram a barreira do palco e puderam ser vistos nas ruas de todo o mundo.
Música
Apesar de ser desacreditada por críticos e ouvintes mais conservadores, Madonna continua reinando também no assunto música. Aliás, são poucos os artistas que conseguiram, mudar tão magistralmente de estilo ao longo dos anos.
Madonna transformou todos os estilos que ela tocou em um pop comercial, mas de boa qualidade. E isso inclui trip hop, hip hop, gospel, R’nB, new age, música eletrônica, disco, jazz, rock e recentemente até o reggae, na faixa recém-lançada "Unapologetic bitch". São tantos elementos que já foram diluídos em sua carreira em tantas parcerias com grandes músicos (alguns dos quais foram "descobertos" pela cantora), que ela conquistou o respeito e admiração de fãs de todos os estilos.
Além de produzir seu próprio material, ela já investiu na carreira de outros artistas. Ela já foi dona do selo Maverick, sobre as asas da Warner Records, do qual saiu a talentosa cantora e compositora Alanis Morissette.
Nas telonas
Para algumas pessoas, o percurso de Madonna pelo cinema não foi como o esperado. Depois de muito sucesso em todas as maneiras de se expressar, ela ainda busca grandes êxitos na sétima arte. Como atriz ela já foi indicada ao Framboesa de Ouro, mas também já foi vencedora do Globo de Ouro por seu protagonismo no musical adaptado da Broadway, Evita. Além disso, ela já teve seus prêmios de reconhecimento por atuar na trilha sonora de filmes.
Atualmente sua participação nas telonas está nos créditos dos filmes, como diretora e produtora. Sua última produção, "W.E. - O romance do século", chegou a ser indicado ao Oscar de melhor figurino, além de receber boas críticas para o roteiro e produção. Em breve Madonna deverá assumir novamente a cadeira de diretora, conforme ela já deu alguns indícios em entrevistas recentes.
Porém, o maior êxito deve ficar com o documentário "Na cama com Madonna", do início da década de 90. De longe, ele não foi o primeiro a falar sobre os bastidores de um show, mas sem dúvida foi o mais polêmico e bem sucedido para o seu tempo, dando inspiração para que muitos outros artistas fossem mais longe.
Modelo de negócio
Apesar de ser também uma "criadora", Madonna sempre levou sua carreira artística como algo profissional. Ao mesmo tempo em que experimentava, ela também buscou o lucro e o conquistou por diversas vezes. Seu modelo de negócio, baseado em um marketing consistente e balanceado entre o positivo e o negativo sempre foram favoráveis, em cena e fora dela.
Além dos milhões de álbuns vendidos, ela segue em paralelo uma vida de executiva, fazendo parte da diretoria de empresas e acionista em diversos setores. Recentemente, ela se tornou a artista musical mais rica do mundo, deixando para trás o ex-Beatle, Paul McCartney. O nome "Madonna" está ligado a grifes de roupas, perfumes e até mesmo a água de coco, demonstrando que visão de futuro é o principal motivo para ela estar onde está.
Ativismo
Ainda usando a sua estratégia de marketing, Madonna se envolveu em diversas causas. Desde proteção ao meio ambiente quanto o respeito aos direitos humanos, a cantora já fez músicas, participou de eventos e chamou a atenção para causas que costumam ficar esquecidas pelo seu público. Além de informar, ela sempre buscou sensibilizar seus fãs para que se juntassem a ela.
Em 2012, quando sua turnê "MDNA" passou pela Rússia, cerca de 20 homens foram presos porque supostamente infringiram a lei do país, que proibia qualquer incitação a homossexualidade. A cantora não deixou barato e atacou as autoridades russas em seu discurso, chegando a ser processada em mais de US$ 10 milhões.
Apesar das críticas contra essa atitude, ela muitas vezes prova que seu interesse em ajudar não é apenas por marketing. Ultimamente, Lourdes Maria, filha mais velha da cantora, também tem se envolvido nessas questões, levantando a bandeira e vestindo a camisa (muitas vezes literalmente) para aquilo que acredita, demonstrando que lutar por seus ideais é uma lição que se aprende em casa.
Esportes
Por começar a carreira como dançarina, estudando balé clássico, Madonna sempre soube a importância de cuidar bem do corpo. Desde muito cedo ela rejeitou substâncias que pudessem causar algum mal para o organismo e incentivou o cuidado com a aparência e o bom funcionamento físico. Sua arte envolve muito do próprio corpo, então ela está sempre treinando novos esportes para alcançar o resultado que deseja, e assim populariza muitas modalidades.
No final da década de 90, ela trouxe muito atenção para o yoga. No começo do século XXI, foi a vez do hipismo, que ela começou a praticar na Inglaterra. Nos últimos anos, a musculação, as lutas e até mesmo o slackline ganharam espaço em sua vida e nos palcos de suas turnês mundiais.
Um trono vitalício
No começo de sua carreira, em 1983, quando questionada na televisão americana sobre o seu objetivo, ela respondeu: "Quero conquistar o mundo". Isso fez com que a plateia e o próprio entrevistador rissem. Porém, aos 56 anos, com mais de 30 de carreira, e sucesso absoluto em tudo que se envolve, Madonna demonstrou que não apenas conquistou o mundo, mas chegou a lugares que nenhuma mulher chegou na música e no cenário pop. Pode-se dizer até mesmo que poucos homens ou bandas conseguiram os mesmos feitos.
Quebrando barreiras e ousando no seu modo de vestir, dançar, falar e se expressar, ela abriu caminho para que muitas pessoas a vissem, se identificassem e logo imitassem o que ela faz. Se a expectativa era pela maneira que ela usaria para lançar o próximo cd, em um mundo onde cantoras consideradas novatas, como Beyoncé e Taylor Swift, pareciam estar ditando as regras em lançamento de álbuns e divulgação de novas músicas, ela demonstrou que ainda consegue inovar e jamais deixará de ser relevante para a música pop.
Por Raphael Granucci - redator na Conversion
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