Um fato inesperado levou Madonna a lançar, no susto, seis músicas de seu novo álbum. Tudo parecia um caos, mas a estratégia era controlar os vazamentos de inúmeras canções em versões não finalizadas, o que, além de impactar nas vendas de forma negativa, poderia fazer com que as faixas perdessem o frescor e a novidade quando finalmente lançadas. Isso, no entanto, trabalhou a favor da tão considerada rainha do pop.
Rebel Heart, que tem data de lançamento previsto para 10 de março, aflora o lado artístico de Madonna de uma forma diferente e inspiradora - uma grande evolução se comparado com seus dois últimos trabalhos, Hard Candy (2008) e MDNA (2012). Ela, inclusive, parece mais envolvida do que nunca, dando um toque onírico e clássico em cada produção. E isso fica notório quando se compara as demos com as versões oficiais.
Por muito tempo ela tentou se integrar ao universo musical atual e pecou ao perder sua identidade. Hard Candy e MDNApodem ter causado euforia no início, mas se tornaram perecíveis em curto espaço de tempo, provando que nem sempre tentar se encaixar é a melhor saída. As fracas vendas provam esse ponto de vista.
Tais trabalhos, aliás, vão contra a mensagem que ela sempre tentou passar: "seja você mesmo independente do que os outros vão pensar". Assim, ficou difícil reconhecê-la em canções juvenis comoGirl Gone Wild ou Give It To Me, por exemplo.
Em Rebel Heart, entretanto, ela se reúne com jovens musicistas e DJs, mas sem se render apenas os seus estilos, além de prezar pela qualidade de cada produção. Por isso, ouvir as faixas liberadas causa surpresa e nostalgia - ao mesmo tempo - a cada play. A meticulosidade na escolha do que disponibilizar para os fãs também mostra a inteligência de Madonna e sua equipe. Cada faixa representa um lado da popstar, seja ele sobre positividade, com temas como amor, liberdade, superação e diversão (Living For Love, Bitch, I’m Madonna), ou sobre a obscuridade, como em Devil Pray, que trata de drogas.
Tais trabalhos, aliás, vão contra a mensagem que ela sempre tentou passar: "seja você mesmo independente do que os outros vão pensar". Assim, ficou difícil reconhecê-la em canções juvenis comoGirl Gone Wild ou Give It To Me, por exemplo.
Em Rebel Heart, entretanto, ela se reúne com jovens musicistas e DJs, mas sem se render apenas os seus estilos, além de prezar pela qualidade de cada produção. Por isso, ouvir as faixas liberadas causa surpresa e nostalgia - ao mesmo tempo - a cada play. A meticulosidade na escolha do que disponibilizar para os fãs também mostra a inteligência de Madonna e sua equipe. Cada faixa representa um lado da popstar, seja ele sobre positividade, com temas como amor, liberdade, superação e diversão (Living For Love, Bitch, I’m Madonna), ou sobre a obscuridade, como em Devil Pray, que trata de drogas.
Em Living For Love, Madonna descreve todos os estágios do amor até a decepção. Mas, ao invés de se lamentar, ela tenta ver o sofrimento de um lado positivo. "Vou seguir o meu caminho e o amor vai me levantar", canta ela sobre o piano de Alicia Keys, quebrado apenas pelo breakdown house, que só eleva essa produção de Diplo. Pretensa ou não, a faixa lembra Like a Prayer por suas harmonias feitas por coral e pelos solos de uma cantora de apoio nos fundos. O mais interessante fica por conta de Madonna não narrar um conto de fadas, mas sim a realidade. "Posso perdoar, mas jamais esquecer". Quem esquece?A genialidade de elementos implementados em cada canção fazem deRebel Heart uma experiência intrigante e, por vezes, divertida, como em Bitch, I'm Madonna, que, obviamente, não foi feita para ser levada a sério e muito menos como uma reafirmação. Essa canção ainda faria muito mais sentido como abertura do disco: "Você vai amar", diz o autoconfiante começo da letra. Com ajuda de Diplo eSophie, Madonna avisa, mesmo que subconscientemente, que voltou com força total.
Devil Pray aborda um assunto mais sério, mas é preciso atenção. Madonna fala de como as pessoas se drogam para entrar em contato com algo maior, inacessível em momentos sóbrios. No entanto, a mensagem não funciona como uma apologia, mas sim como um aviso: "Você pode correr e se esconder e não vai encontrar a resposta, mas, se você quer salvar a sua alma, podemos viajar juntos e fazer o diabo rezar". A faixa ganha um toque sombrio logo após o refrão, quando Madonna suplica, em uma espécie de mantra, para ter a alma salva. Enquanto isso, uma voz distorcida faz o mesmo, quase como um encosto, mostrando que o bem e o mal andam lado a lado e, por vezes, se mesclam.
Ghosttown diminui o ritmo como a primeira balada de Rebel Heart. Produzida porBillboard, a faixa fala sobre como as pessoas precisam ser mais empáticas umas com as outras e como a finalidade de tudo deveria ser a união do mundo, do contrário, estaríamos caminhando para um iminente Apocalipse. O ponto alto fica pelo tom do vocal de Madonna, que por vezes não é o mais agradável.
O título poderia sugerir algo mais agressivo, mas, melodicamente, Unapologetic Bitch não passa de um reggae agradável com leves elementos de trap music. A letra e música parecem não combinar, mas, se entendida, a mensagem é simples: “Quase me matou, mas eu estou melhor sozinha”. Algo como: “Você não era lá essas coisas mesmo. Posso estar parecendo chata, mas é a verdade”.
Illuminati foi uma das faixas que mais causou alvoroço por tratar de um assunto que muitos comentam, mas, na verdade, ninguém sabe realmente o que significa. Enquanto algumas pessoas acreditam que se trata de uma sociedade secreta que controla o mundo, Madonna tenta quebrar a teoria da conspiração ao dizer que os ‘illuminatis’ são filósofos, artistas e cientistas da época do iluminismo. No melhor estilo Vogue, com versos falados, a rainha do pop conta com Kanye West nessa produção obscura e de baixo predominante.
Bitch, I’m Madonna, com certeza, é um dos pontos altos da primeira parte de Rebel Heart. Produzida por Diplo e Sophie, a faixa mostra que Madonna não se leva tão a sério quanto muitos pensam. Ela só quer se divertir, e é melhor você saber quem está no comando. A canção é progressiva e contém tantas camadas, que é preciso escutá-la várias vezes para não perder um detalhe. No melhor estilo trap, ‘Bitch’ funciona para as rádios e pistas de dança e pode se tornar um dos clássicos da cantora, se promovida da forma certa. A estrutura não convencional – coisa que acontece na maioria das canções do álbum – torna toda a experiência ainda mais interessante.
Fonte:http://revistaquem.globo.com/Popquem/noticia/2015/01/faixa-faixa-madonna-volta-forma-e-se-expoe-sem-medos-em-rebel-heart.html
OBS: Só espero que não tenham interpretado que Madonna foi usuária de drogas,ela apenas experimentou e não curtiu,achou careta,sem necessidade.
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